A retinografia é um teste diagnóstico usado por oftalmologistas para obter uma imagem detalhada do fundo do olho e da retina.
É um tipo de fotografia digital do globo ocular, tirada em alta definição, que permite examinar áreas importantes do olho para a visão, como a retina, coróide, nervo óptico e os vasos sanguíneos, de maneira a facilitar o diagnóstico de doenças do fundo do olho.
O que é uma retinografia?
A retinografia é um exame médico que não é invasivo e é indolor, que consiste em dilatar a pupila do paciente para obter uma imagem detalhada das partes mais profundas do olho e demora cerca de 5 a 10 minutos.
Este exame permite entender a circulação sanguínea da retina e do nervo óptico, e permite tirar uma fotografia colorida do interior do olho para que se possa observar a retina em detalhe.
Pode acontecer que os resultados da retinografia mostrem uma imagem opaca, o que permitirá ao médico obter informações valiosas sobre o olho do paciente.
Como é feita uma retinografia?
Para realizar uma retinografia não é necessário o uso de anestesia, o paciente pode ficar acordado durante todo o procedimento, que não dura mais de 10 minutos.
No dia do teste, ao chegar ao consultório médico, é aplicado um colírio para dilatar a pupila e, em seguida, é realizado o exame.
A retinografia é realizada através de um equipamento chamado retinógrafo, que é composto por uma câmera fotográfica digital que consegue capturar imagens em detalhes do olho e as transfere para um computador. O paciente pode pedir essas imagens ao oftalmologista, que irá selecionar as melhores imagens e imprimi-las junto com o laudo.
Se o paciente já foi submetido a retinografia, o médico deve comparar as imagens anteriores com a nova fotografia.
As pupilas podem permanecer dilatadas por várias horas. Portanto, é aconselhável que o paciente venha acompanhado ao exame, use óculos de sol e não dirija.
Os efeitos colaterais da retinografia dilatada da pupila são:
- Visão embaçada .
- Dificuldade para se concentrar .
- A sensibilidade à luz .
Atualmente, existem retinógrafos muito modernos (não midriáticos) que podem registrar imagens claras e detalhadas da retina sem a necessidade de dilatar a pupila. Este teste é conhecido como retinografia não midriática.
Há também retinógrafos de campo e oferecem imagens da área periférica da retina.
Há mais de um tipo de retinografia?
Sim. Existem dois tipos de retinografia, cada uma com objetivos distintos e específicos.
Retinografia Simples: É realizada com o paciente sentado em frente ao aparelho retinógrafo, que capta (com o auxílio de um técnico) as imagens do fundo dos olhos do paciente. O exame fornece imagens da retina em alta resolução, permitindo uma documentação fotográfica do fundo de olho, que poderá ser usada posteriormente para comparação e análise da evolução de doenças oculares.
Retinografia panorâmica: É a maneira mais moderna e completa de realizar o exame. Com o aparelho utilizado neste método, é possível ter uma visão mais ampla da retina, permitindo encontrar doenças em um maior campo.
Quais doenças e complicações podem ser detectadas?
A retinografia, normalmente, é solicitada quando o médico oftalmologista identifica algo fora dos padrões.
Retinopatia diabética: é uma complicação do diabetes que afeta os olhos. É causada por danos nos vasos sanguíneos do tecido sensível à luz na parte posterior do olho (retina). No início, a retinopatia diabética pode não causar sintomas ou apenas problemas leves de visão. Eventualmente, pode causar cegueira. A condição pode se desenvolver em qualquer pessoa que tenha diabetes tipo 1 ou tipo 2.
Retinopatia hipertensiva: é um distúrbio da visão que ocorre como resultado da pressão alta. Retinopatia hipertensiva ocorre quando os vasos sanguíneos que fornecem sangue para a retina na parte de trás do olho ficam danificados. A probabilidade de danos na retina aumenta com a gravidade da pressão alta e com o tempo durante o qual a condição é vivenciada.
Descolamento e/ou lesões da retina: é quando a retina se solta, é levantada ou puxada da sua posição normal. Se não for prontamente tratado, o descolamento da retina pode causar perda permanente da visão. Em alguns casos, pode haver pequenas áreas da retina que estão rasgadas. Essas áreas, chamadas de roturas retinianas ou rupturas retinianas, podem levar ao descolamento da retina.
Glaucoma: é uma doença complexa na qual o dano ao nervo óptico leva à perda progressiva e irreversível da visão. O glaucoma é a segunda principal causa de cegueira no mundo.
A retinografia é importante para o acompanhamento de pacientes portadores de miopia, diabetes mellitus, hipertensão arterial, alterações da mácula, tumores oculares, etc.
É de extrema importância que você consulte regularmente o seu médico oftalmologista para realizar exames preventivos e de rotina periodicamente.