Glaucoma: e a cegueira

Compartilhe este artigo com seus amigos e familiares

WhatsApp
Email
Facebook
Twitter
LinkedIn

O glaucoma é considerado uma das causas de cegueira reversível e vemos muitos casos como esse no consultório oftalmológico, de casos da doença mais avançadas. Para isso, a prevenção deve ser algo consciente, e deve ser realizada anualmente, para prevenir problemas mais drásticos, como a cegueira, por exemplo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o glaucoma é a segunda principal causa de cegueira no mundo. Grupos de alto risco incluem pessoas com mais de 60 anos, membros da família daqueles que já foram diagnosticados, diabéticos e pessoas que são severamente míopes. Tais estimativas colocam o número total de casos suspeitos de glaucoma em mais de 60 milhões em todo o mundo.

O diagnóstico de glaucoma é feito quando o médico oftalmologista percebe um tipo particular de dano no nervo óptico conhecido como escavação. Esse achado diagnóstico pode ocorrer com ou sem alta pressão intraocular.

Uma pressão intraocular normalmente varia entre 12 e 22 mmHg (milímetros de mercúrio, uma medida de pressão). Embora seja mais provável que o paciente tenha ou desenvolva glaucoma se suas pressões oculares forem altas, muitas pessoas com altas pressões oculares nunca desenvolvem glaucoma.

Além disso, algumas pessoas com glaucoma nunca apresentam pressões oculares elevadas. O glaucoma com pressão ocular na faixa normal é conhecido como glaucoma de tensão normal.

Exames diagnósticos:

Durante um exame preventivo, além de verificar a pressão do olho, o oftalmologista pode usar gotas para dilatar a pupila para examinar o nervo óptico. O médico também pode usar uma máquina de diagnóstico, como OCT, GDx ou HRT, para visualizar e avaliar os danos ao nervo óptico. Às vezes, isso pode mostrar danos nos olhos antes mesmo do exame feito.

Se o dano for grave o suficiente, as alterações de visão podem ser detectadas em um teste de visão periférica conhecido como Teste de Campo Visual. Muitas vezes, o paciente não notará alterações na visão periférica até que haja perda significativa da visão.

Realizado o diagnóstico do glaucoma feito pelo exame do nervo óptico ou pelo teste de campo visual, o tratamento é iniciado imediatamente.

A pergunta frequente: “Vou ficar cego?”

Quando o paciente se depara com um novo diagnóstico de glaucoma, há uma questão que está em primeiro lugar na mente da maioria pacientes: “Vou ficar cego?”

Felizmente para a maioria deles, a resposta é não. A cegueira ocorre no glaucoma, mas é uma ocorrência relativamente rara. Existem mais casos de glaucoma do que de cegueira por conta dessa doença e isso representa cerca de 5% dos pacientes com glaucoma. No entanto, o comprometimento da visão é mais comum e ocorre em cerca de 10% dos pacientes.

A perda de visão pode ocorrer até mesmo com o melhor tratamento. Apesar desse fato preocupante, o tratamento correto e o acompanhamento estabilizarão a grande maioria dos pacientes com glaucoma.

Um fator importante no tratamento do seu glaucoma é o próprio paciente. Ao usar corretamente colírios prescritos e ser consistente em seu uso, um resultado favorável será mais provável. Nessa hora, a disciplina será a sua maior aliada nos resultados.

Tratamento:

Hoje, os únicos tratamentos disponíveis são aqueles que reduzem a pressão intraocular. A redução da pressão ocular pode ser realizada com medicamentos, laser ou cirurgia.

O tratamento precisa ser realizado por toda a vida. O glaucoma pode ser controlado, mas atualmente não há cura e para isso a visita ao oftalmologista é essencial e deve ser frequente.

Quando a medicação é escolhida, geralmente são prescritos os colírios. Algumas das gotas só precisam ser usadas uma vez ao dia, enquanto algumas requerem duas ou três vezes ao dia. Vai depender de cada caso, cada paciente.

O laser demonstrou ser um tratamento tão eficaz quanto colírios. Este é um procedimento simples, geralmente indolor e rápido, que pode controlar a pressão ocular por um período de até 5 anos em alguns pacientes.

Muitas cirurgias estão disponíveis e as mais novas estão sendo constantemente desenvolvidas e avaliadas. A maioria destes é reservada para pacientes com glaucoma em estágios mais avançados, mas algumas cirurgias mais recentes são seguras o suficiente para uso mais cedo na doença.

A escolha do tratamento depende de muitos fatores que são únicos para cada paciente e devem ser discutidos com o médico oftalmologista. O tratamento correto geralmente protege contra a perda de visão adicional.

Mantenha seus exames oftalmológicos sempre em dia, feitos em consultório por um médico especialista capacitado. Prevenir é sempre o melhor remédio!