Sabemos que existem diversas patologias oculares e que dentre elas, existem algumas técnicas para solucioná-las.
Quando se trata dos vasos sanguíneos dos nossos olhos, existe uma técnica chamada, fotocoagulação que utiliza a luz para criar uma queimadura térmica no tecido da retina.
Quando a energia de uma fonte de luz forte é absorvida pelo epitélio pigmentar da retina e é convertida em energia térmica, a necrose da coagulação ocorre com a desnaturação das proteínas celulares à medida que a temperatura se eleva.
Desde o estudo da doença chamada Retinopatia Diabética, a fonte de luz para a fotocoagulação evoluiu para o uso de laser bem focado no tratamento da retinopatia diabética proliferativa. Atualmente, a fotocoagulação retiniana a laser é uma opção terapêutica em muitas condições da retina e dos olhos.
Em resumo, a fotocoagulação a laser tradicional da retina simplesmente destrói alguns dos fotorreceptores, e reduz o consumo de oxigênio da retina e restabelecendo o equilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio.
Tradicionalmente, a doença em questão, chamada retinopatia diabética proliferativa tem sido tratada com a técnica da fotocoagulação retiniana com um laser de luz visível.
É prática clínica aplicar essas leves e moderadas queimaduras que produzem uma mancha cinza clara na retina. Essa aplicação de laser irá coagular o epitélio pigmentar da retina e os fotorreceptores adjacentes, mas deixará a retina interna intacta.
Os fotorreceptores usam mais oxigênio do que a maioria das células do corpo e destruí-los é uma maneira eficaz de reduzindo o consumo de oxigênio da retina.
Um padrão típico de fotocoagulação retiniana de cerca de 1.200 a 1.500 queimaduras de 0,5 mm de diâmetro pode reduzir o número de fotorreceptores, bem como o consumo de oxigênio da retina externa em aproximadamente 20%.
Para tratar a formação desses vasos sanguíneos anormais conhecidos como neovascularização, as aplicações são espaçadas ao longo das áreas laterais da retina. As cicatrizes pequenas resultantes da aplicação do laser reduzem a formação de vasos sanguíneos anormais e ajudam a manter a retina sobre o fundo do olho, evitando o descolamento.
A fotocoagulação a laser normalmente é realizada no ambulatório e a maioria dos tratamentos são feitos apenas com a aplicação de colírio anestésico, necessitando apenas de dilatação da pupila.
Normalmente se faz um olho por vez e o paciente sai com o olho embaçado e às vezes com dor, neste caso é importante e necessário um acompanhante.
Deve-se ter em mente que a retinopatia diabética envolve principalmente a retina interna, isso significa que devemos explicar como as células coagulantes e a destruição do consumo de oxigênio na retina externa influenciam a retina interna.
A explicação para isso é encontrada na circulação dupla e no suprimento de oxigênio para a retina. A maior parte do oxigênio fornecido à retina vem dos coriocapilares e se difunde para a retina externa, onde é consumida pelos fotorreceptores.
Geralmente, há um mínimo de tensão de oxigênio no meio da retina ou uma bacia de oxigênio entre a retina interna e externa. Normalmente, o oxigênio da coróide não atinge a retina interna em humanos, no entanto, isso não é mais verdade se os fotorreceptores forem destruídos e o consumo de oxigênio retiniano externo diminuir drasticamente.
O fluxo de oxigênio da coróide pode então penetrar na retina externa sem ser consumido e pode atingir a retina interna, onde eleva a tensão do oxigênio.
O laser pode ser indicado para pacientes que apresentam doenças que afetam os vasos sanguíneos do olho, como ocorre nos diabéticos, por exemplo.
Os pacientes que apresentam degenerações periféricas da retina predisponentes ao descolamento da mesma também necessitam desse tratamento.
Consulte regularmente o seu médico oftalmologista para prevenção de qualquer patologia que cercam a saúde dos olhos.