Casos da condição da alta miopia vem aumentando recentemente, doença esta que ocorre quando o paciente apresenta mais de cinco graus de desvio no olho.
Segundo uma análise da Organização Mundial da Saúde, conhecida como OMS, informou que essa é a terceira causa de cegueira no mundo. O risco de perda da visão acontece por diversas causas, e é preciso avaliar caso a caso. A doença é uma condição comum e pode apresentar diferentes graus, e seu tratamento deve acontecer de acordo com a gravidade detectada.
Ao ser diagnosticado com a alta miopia, o paciente apresenta uma grande dificuldade de enxergar imagens e paisagens à distância, o que pode, a longo prazo, diminuir a qualidade de vida de quem o recebe.
Realizado em consultório por um médico oftalmologista, é a partir de um exame com o olho dilatado que os pacientes que apresentam visão turva, dor de cabeça, vista cansada e dificuldade de enxergar à distância, podem ser diagnosticadas corretamente.
A miopia não tem cura sim, contudo, se corretamente diagnosticada pode ser tratada de modo a corrigir o erro de refração. Para corrigir a doença, a solução mais comum é o uso de óculos ou lentes de contato.
Os sintomas da alta miopia também podem incluir:
- Visão embaçada de longe, mas boa de perto;
- Tonturas, dor de cabeça ou dor nos olhos;
- Fechar os olhos para enxergar melhor;
- Lacrimejamento excessivo;
- Necessidade de maior concentração em atividades, como dirigir;
- Dificuldade em estar em espaços com muita luz.
- A presença de miopia principalmente da alta miopia provoca várias alterações na retina e isso ocorre, pois o olho do míope tem comprimento maior que a média;
As escolhas das lentes para correção da alta miopia são importantes porque:
- O índice de refração determina a capacidade das lentes de mudar a direção da luz;
- A escolha do índice correto das lentes vai variar de acordo com o grau;
- Tratamentos essenciais das lentes, como a proteção UV, o antirreflexo e o antirrisco;
- Design das lentes (asféricas ou esféricas) auxiliam nessa condição.
Características da alta miopia:
Tratando-se da alta miopia, à medida que ocorre o crescimento do olho, a retina vai se afilando de forma progressiva e chega a atrofiar principalmente na região da mácula o que causa a diminuição de visão mesmo usando óculos ou lentes de contato.
Outra consequência séria é a ocorrência de degenerações periféricas da retina e assim o descolamento de retina que são muito mais comuns nos míopes e quanto maior a intensidade da miopia maior é o risco. Por isso todas as pessoas com miopia acima de 4 graus devem ser avaliadas pelo médico oftalmologista e quando detectadas alterações do descolamento de retina tratadas com fotocoagulação a laser.
A alta miopia já se trata de uma preocupação internacional, pois pode desencadear doenças oculares graves como glaucoma, retinopatia e descolamento da retina.
Para solucionar a alta miopia, é necessário realizar a cirurgia refrativa com o laser, e nos casos em que o laser não adiantaria, pode-se optar por implantes de lentes fácicas para manter o cristalino do olho.
Tal técnica, também é indicada para quem tem olho seco, córnea fina ou ceratocone, e a estimativa é de que a cada 7 minutos esta lente livra 1 pessoa dos óculos no mundo. A nitidez da visão está relacionada ao material biocompatível e à estabilidade do implante que funciona em conjunto com as estruturas oculares.
Cirurgia para correção:
O procedimento é feito no centro cirúrgico com anestesia tópica. O médico faz uma pequena incisão na borda externa da córnea por onde é inserida a lente, que pode ser colocada na câmara anterior, ou seja o espaço entre a íris e a parte colorida do olho ou na câmara posterior, espaço que fica entre a íris e o cristalino.
O cirurgião baseando-se nos exames prévios escolherá a melhor modelo de lente e técnica a ser utilizada. O procedimento não retira tecido da córnea como acontece na cirurgia refrativa a laser. Por isso, pode ser feito em córneas finas.
Não podem fazer a cirurgia:
A lente fácica é contraindicado para:
· Gestantes: porque durante a gravidez os hormônios fazem com que a refração se torne instável;
· Portadores de glaucoma ou casos da doença na família, porque o implante reduz o espaço da câmara posterior do olho e pode induzir ao aumento da pressão intraocular;
· Diabéticos porque pode acelerar a retinopatía diabética;
É necessário destacar que pacientes que querem realizar a cirurgia devem passar por consulta oftalmológica e retornar a cada seis meses no primeiro ano após a mesma.
As consultas periódicas são essenciais porque a lente pode ser retirada caso seja diagnosticado qualquer problema relacionado ao implante que coloque a visão em risco.