Distúrbios alimentares podem aumentar o risco de retinopatia diabética
Distúrbios alimentares podem aumentar o risco de retinopatia diabética?

Fazer exames oftalmológicos regulares e informar seu médico sobre distúrbios alimentares, pode ajudar a salvar sua visão.

Isso porque um novo estudo descobriu que pessoas com diabetes, anorexia ou bulimia são três vezes mais propensas a desenvolver uma doença ocular, chamada retinopatia diabética.

A retinopatia diabética se desenvolve quando níveis elevados de açúcar no sangue danificam os vasos sanguíneos da retina (camada de tecido sensível à luz, na parte de trás do olho). Esses vasos sanguíneos podem inchar, vazar ou fechar, bloqueando o fluxo sanguíneo. Muitas vezes, inclusive, vasos sanguíneos anormais crescem na retina. Qualquer uma dessas alterações pode causar perda de visão e, finalmente, levar à cegueira.

Os resultados destacam a importância da regularidade das visitas ao oftalmologista para pacientes com diabetes e histórico de transtornos alimentares. Pessoas com essas condições podem precisar de exames oftalmológicos mais frequentes.

Como anorexia, bulimia e diabetes danificam os olhos?

Os distúrbios alimentares podem afetar até uma em cada cinco pessoas com diabetes, de acordo com os Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health, NIH). O novo estudo revela, ainda, como as condições combinadas afetam os olhos.

Os pesquisadores examinaram informações de 1.100 pessoas com diabetes, incluindo pacientes com anorexia, que trata-se de uma condição em que as pessoas tentam manter o peso o mais baixo possível, reduzindo a ingestão de alimentos.

Também incluiu pessoas com bulimia; aquelas que tentam eliminar alimentos do corpo. 

Logo, o resultado foi: pacientes com um ou ambos os transtornos alimentares tinham o triplo do risco de desenvolver retinopatia diabética.

Porém, ainda não está claro como os distúrbios alimentares podem contribuir para o desenvolvimento da retinopatia diabética. Estudos apontam uma relação em que os distúrbios alimentares dificultam o controle dos níveis de açúcar no sangue devido à ingestão inconsistente de alimentos. Também é necessário que os pacientes diabéticos com distúrbios alimentares evitem tomar insulina deliberadamente como forma de controlar seu peso.

A necessidade de exames oftalmológicos frequentes

A Associação Nacional de Distúrbios Alimentares disse que viu um aumento de 107% nas ligações para sua linha de apoio durante a pandemia de COVID-19, e o CDC informou que as visitas ao pronto-socorro relacionadas a transtornos alimentares entre meninas adolescentes quase dobraram nesse período de tempo.

É importante que os oftalmologistas perguntem sobre hábitos alimentares, especialmente em pacientes mais jovens portadores de  diabetes; além de monitorar de perto os fatores de estilo de vida, como tabagismo e problemas de saúde, como pressão arterial  e colesterol.

Fique atento aos sintomas da retinopatia diabética

Se você ou um membro da família tem diabetes, consulte um oftalmologista anualmente para  exames oftalmológicos com dilatação . A retinopatia diabética pode ser descoberta antes mesmo de você notar qualquer problema de visão. Em estágios avançados  da doença, os sintomas da retinopatia diabética podem incluir:

  • Aparecimento de   manchas ou fios escuros flutuando em sua visão;
  • Visão embaçada;
  • Visão que varia de embaçada para clara;
  • Vendo áreas escuras ou vazias em sua visão;
  • Dificuldade em enxergar bem à noite;
  • Percepção que as cores são opacas ou desbotadas.

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Para manter a periodicidade de exames oftalmológicos, é fundamental contar com uma clínica de confiança, com os equipamentos mais avançados do país, sempre pensando no bem de sua visão.

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O que causa o descolamento de retina?
O que causa o descolamento de retina?

O descolamento de retina ocorre quando a retina, a membrana sensível à luz, se separa da parte de trás dos olhos. A retina é a membrana flexível e delicada que reveste a superfície interna da parte interior do globo ocular.

Quando a luz passa pelo olho e a lente focaliza uma imagem na retina, a retina converte a imagem em sinais que são enviados ao cérebro através do nervo óptico.

Então quando a retina é separada da parte de trás do olho, isso causa a perda da visão total ou parcial, dependendo de quanto a retina está deslocada. Esse caso é marcado por uma emergência médica. 

A retina não possui nenhum tipo de fixação para prender o globo ocular. O vítreo é a substância gelatinosa e transparente que está situada entre a retina e o cristalino que mantém a posição anatomicamente adequada.

E o descolamento de retina é alteração que acontece devido ao desprendimento dessa estrutura da superfície interna do globo ocular. 

O descolamento de retina pode estar dividido em:

  • Tradicional;
  • Regmatogênico;
  • Exsudativo.

O descolamento de retina pode se dar por diversos fatores, que podem estar relacionados à hereditariedade, consequência de uma lesão ocular, envelhecimento entre outras causas e algumas doenças oculares podem causar o descolamento da retina. São elas:

  • Retinopatia diabética;
  • Descolamento vítreo;
  • Retinosquise;
  • Degeneração em treliça (afinamento da retina).

Sintomas 

Quando estamos tratando de descolamento na retina, não existe dor relacionada, mas os sintomas costumam surgir antes mesmo que a retina descole. Veja:  

  • Visão embaçada;
  • Perda parcial da visão;
  • Flashes repentinos;
  • Surgimento de moscas volantes.

Tratamento para descolamento de retina 

O tratamento para esses casos é apenas cirúrgico, para cada tipo de técnica depende do tipo de descolamento. Algumas opções são:

Fotocoagulação  

Nesse tipo de cirurgia o laser queima ao redor do local da rotura da retina e a cicatriz fixa sua retina na parte de trás do olho.  Então o objetivo dessa cirurgia é barrar a área em que está ocorrendo o descolamento de retina. 

Retinopexia pneumática

Essa cirurgia é feita para realizar pequenos reparos nos pequenos pontos do descolamento de retina, é injetada uma bolha de gás (SF6 ou C3F8), a tensão superficial do gás, faz com que seja capaz de vedar o rasgo da retina, esse procedimento é acompanhado normalmente da fotocoagulação a laser.

Vitrectomia 

Essa cirurgia é muito semelhante à retinopexia, mas é usada em casos de descolamentos com rasgos maiores, a retina nesses casos é reparada e recolocada no seu lugar com uma bolha de gás.

Esse tem sido um dos tratamentos mais utilizados para os casos de descolamento de retina.

Existem alguns outros tipos de tratamento e cirurgia que podem promover uma grande melhora e reverter os casos de descolamento de retina, que valem ser analisados. 

Mas, tudo isso é feito sob supervisão médica, então, apresentando qualquer incômodo nos olhos, consulte um especialista e peça orientação e qual o melhor tratamento para ser realizado.

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Ficou claro, que a consulta no oftalmologista é indispensável em qualquer situação, evitando que casos como o descolamento de retina estejam em seu estado mais grave.

Por isso, não perca tempo e agende sua consulta com a Pró-visão Macapá.

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Os olhos realmente podem mudar de cor?
Os olhos realmente podem mudar de cor?

Uma dúvida muito comum é se os olhos realmente podem mudar de cor. A cor dos olhos é determinada pela genética, se mantendo desde o nascimento. Mas, existem alguns casos em que a cor dos olhos pode ser afetada.

A cor dos olhos refere-se a íris, o anel colorido ao redor da pupila que controla a quantidade de luz que entra no olho. A cor dos olhos depende da presença da proteína chamada melanina.

As células responsáveis pela pigmentação dos olhos são conhecidas como melanócitos,que secretam as melaninas do seu corpo; onde precisam ser necessárias, como os olhos e o cabelo.

Os melanócitos respondem à luz, por isso no verão ficamos bronzeados. Nos casos de recém-nascidos, eles nunca foram expostos à luz, por isso é comum que as pessoas notem a mudança na cor dos olhos dos bebês.

Portanto, a maioria dos bebês nascerá com os olhos castanhos. Mas, ainda assim, muitos recém-nascidos podem nascer com os os olhos azuis ou acinzentados, por isso o contato com a luz no primeiro ano de vida podem causar mudanças dessas cores.

Algumas causas para mudança da cor dos olhos 

Ainda que a mudança da cor dos olhos quando recém-nascidos aconteça, muitas condições podem estar relacionadas à alteração da cor dos olhos. Veja mais abaixo.

Heterocromia

Em pessoas com heterocromia, a cor da íris de um olho é diferente da outra, por exemplo, um olho azul e outro castanho. Sendo possível a mesma íris possuir duas cores.

Os casos de heterocromia não estão relacionados a nenhum outro sintoma ou causa médica. É marcada somente por condições genéticas e raramente essa condição está relacionada a fatores congênitos, lesões ou doenças.

Glaucoma pigmentar

O glaucoma é uma doença ocular que afeta o nervo óptico, uma das principais causas que podem levar à cegueira.  No glaucoma pigmentar, o pigmento colorido nos olhos, formado pela íris, se desprende formando pequenos grânulos, causando um bloqueio de drenagem do fluido, aumentando a pressão intraocular. A cor dos olhos, neste caso, pode ser alterada.

Tumores da íris

Os tumores da íris podem crescer tanto dentro, como atrás da íris. Os tumores que ocorrem na íris podem ser melanomas malignos (câncer agressivo). Porém, a maioria das pessoas que sofrem com tumor na íris não apresentam sintomas.

Por isso, se você notar mudanças na aparência dos seus olhos. Consulte um oftalmologista, para detectar e indicar o melhor tratamento para os seus olhos.

Síndrome da uveíte de Fuchs  

A uveíte é uma condição que está caracterizada pela inflamação em diferentes partes do olho, a uveíte em pessoas com heterocromia pode desempenhar o desenvolvimento das cores anormais dos olhos.

Os sintomas de uveíte heterocrômica de Fuchs podem incluir a mudança na cor dos olhos. Além disso, essa doença pode levar a condições como a catarata ou glaucoma.

Cuide dos seus olhos com a Pró-visão Macapá!

Todas as condições médicas citadas podem causar a mudança da cor dos olhos. Portanto, se você notar qualquer mudança nos olhos, procure por um médico especialista.

E nós da Pró-visão somos uma clínica que conta com profissionais altamente capacitados para proporcionar bem-estar e qualidade de vida.

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Para que serve a Fotocoagulação a laser?
O que é e para que serve a Fotocoagulação a Laser?

Estamos falando de uma intervenção oftalmológica que visa reduzir a formação de vasos sanguíneos que aparecem em toda região retiniana. Na Fotocoagulação a Laser, mira-se o raio diretamente sobre as células do epitélio pigmentado da retina, gerando um efeito térmico no local. 

Isso resulta na desnaturação de proteínas, ocasionando a coagulação e, assim, novos tecidos de cicatrização.

É seguro? Causa dores ou desconfortos?

A Fotocoagulação a Laser leva poucos minutos para ser concluída, sendo raros os casos em que o paciente sente dor ou desconfortos, pois, na maioria das vezes, é utilizado o colírio anestésico.

O procedimento, de maneira geral, é seguro e indolor, podendo ser feito com aplicações específicas em vasos sanguíneos (a fotocoagulação focal) ou a retina completa (panfotocoagulação retiniana). 

Qual a principal finalidade da Fotocoagulação a Laser?

Ela trata e impede o avanço da formação de vasos sanguíneos anormais e doenças vasculares nos olhos, como glaucoma e retinopatia diabética, além de quadros de descolamento da retina devido a traumas, distúrbios diabetes.

As pequenas cicatrizes após a aplicação do laser na retina, colaboram para mantê-la no fundo do olho evitando desta forma seu descolamento, que causa prejuízos enormes à visão de qualquer pessoa.

Quais cuidados o paciente deve ter?

O procedimento da Fotocoagulação a Laser não necessita que o paciente esteja em jejum, sendo necessária apenas a presença de um acompanhante antes e após o procedimento, já que existirá dificuldade para enxergar durante algum tempo. E, devido a essa alteração, o paciente não deve dirigir durante algumas semanas.

Acontece que, antes do procedimento, é necessário dilatar a pupila para garantir o efeito desejado do laser. Vale lembrar que dúvidas específicas devem ser discutidas com o profissional dias antes.

Existe algum risco? 

A Fotocoagulação a Laser não possui riscos e também não exige repouso, a menos que seja recomendado pelo médico oftalmologista responsável. Ainda assim, os possíveis efeitos, que podem incomodar o paciente, são:

  • Defeitos no campo visual;
  • Dificuldade para distinguir cores;
  • Turvação visual transitória;
  • Visão noturna prejudicada;
  • Opacificação da Córnea;
  • Hemorragia vítrea;
  • Efusão coroidal;
  • Edema Macular.

E após o procedimento? O que fazer?

O seu dever principal, como paciente, é o de ouvir as orientações do oftalmologista! Se, por exemplo, for solicitado repouso, ele acontece normalmente de 48 a 72 horas. Sendo ou não recomendado o devido descanso, o paciente deverá retornar para uma reavaliação para averiguar a efetividade do procedimento.

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Cuidamos de você e da sua visão com qualidade e compromisso! Como você pôde perceber no artigo acima, a Fotocoagulação a Laser é um procedimento moderno, que faz uso de tecnologias de ponta do ramo oftalmológico, sendo um procedimento, rápido, indolor e seguro.

Nós da Pró-Visão estamos sempre atentos às tendências tecnológicas para atender a todas as idades! Para isso, também contamos com equipe técnica, equipamentos e um excelente corpo clínico especializado em saúde ocular. 

Além de disponibilizar a Fotocoagulação a Laser, dispomos de muitos outros serviços da oftalmologia, todos descritos em nosso site! Fale conosco e dê mais vida aos seus olhos!

18/9 – Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma
18/9 – Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma

Todos os pais gostam de registrar em fotos cada momento e conquista no desenvolvimento de seus filhos, especialmente quando ainda bebês.

Nesses momentos, pode acontecer de a região da retina ficar esbranquiçada quando a luz do flash fotográfico refletir sobre ela. Na comunidade oftalmológica, essa ocorrência é conhecida como leucocoria. 

Este é um caso clássico de retinoblastoma, o primeiro tipo de câncer na história da medicina a ser classificado como uma doença genética. 

Acometendo um total de 400 crianças por ano no Brasil, essa doença rara é tida como grave, mas oferece alto nível de cura se diagnosticada precocemente.

Como acontece o retinoblastoma? 

Cada célula presente na retina possui ao menos um par de genes RB1. Quando essa dupla genética, que tem a função de controlar o crescimento celular, é mutado ou ausente, é formado o retinoblastoma. 

Com um prazo médio de cinco meses entre os primeiros sintomas e o diagnóstico, 51% dos pacientes mirins com diagnóstico positivo para a doença é do público masculino.

Essa enfermidade acomete principalmente crianças que se encontram na primeira infância, período que se estende até os cinco anos.

Como saber se a pessoa contraiu retinoblastoma? 

O principal sinal de que a pessoa desenvolveu o câncer de retina é o reflexo branco quando os olhos entram em contato com as luzes artificiais, como, por exemplo, o flash fotográfico ou as luzes emitidas por celulares. 

Porém, existem outros sinais que o organismo da criança emite que informam o diagnóstico do retinoblastoma. 

Geralmente é comum que os primeiros sintomas sejam:

  • Íris de cores diferentes, o que é conhecido no meio oftalmológico como heterocromia;
  • Estrabismo, que é quando os olhos não conseguem fixar a atenção em um mesmo objeto simultaneamente;
  • Ambliopia, situação em um ou ambos os olhos apresentam diferentes noções de profundidade. Enfermidade também é conhecida como olho preguiçoso;
  • Vermelhidão;
  • Sangramento em partes do olho;
  • Fotofobia, situação em que existe incômodo ocular quando em contato com a luz. 

Caso o retinoblastoma não seja diagnosticado a tempo e sofra ligeiras evoluções, os sinais mudam, fazendo com que a criança apresente:

  • Dor em um ou em ambos os olhos causados pela pressão óssea feita pelo tamanho do tumor;
  • Vômitos constantes;
  • Globo ocular de tamanho maior do que o normal. Conhecido como proptose, evento ocorre quando o câncer afeta também a órbita dos olhos;
  • Perda parcial ou total da visão.

Categorias de retinoblastoma 

Esse tipo de câncer apresenta duas ramificações, as quais são chamadas esporádica e hereditária, respectivamente. 

Na esporádica, apenas um olho é atingido. Ela é mais observada em crianças com mais de um ano. 

Já na hereditária, a doença pode afetar tanto um quanto ambos os olhos. Essa categoria de câncer de retina acomete principalmente as crianças com mais de um ano.

E como funciona o tratamento? 

Como toda enfermidade, quanto antes ela é identificada mais sucesso se tem no tratamento. 

No caso do retinoblastoma, os processos médicos realizados oferecem a completa cura da doença. 

Alguns métodos exercidos são:

  • Quimioterapia: exercício que serve para controlar o crescimento do tumor e evitar sua disseminação;
  • Radioterapia: através de pequenas placas com sementes radioativas posicionadas próximas ao tumor, a intenção é reduzir o câncer;
  • Enucleação: em alguns casos, é necessária a retirada do globo ocular. No lugar, é colocado um olho de vidro;
  • Laserterapia: esse tratamento é eficiente nos casos iniciais da doença. 

Conheça a Pró-Visão!

Para o maior sucesso na destruição do tumor, é necessária a realização de consultas frequentes ao oftalmologista! Portanto, fique atento e as faça regularmente!

Dessa forma, o tumor é identificado previamente, podendo ser combatido desde seu processo inicial. 

Por isso, a Pró-Visão está aqui para ajudar nisso, sendo especialista não só em Retinoblastoma! 

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Como funciona a cirurgia para reparação de descolamento de retina
Como funciona a cirurgia para reparação de descolamento de retina

Esse é um problema grave em que ocorre o descolamento da retina neurossensorial do epitélio pigmentado, podendo provocar a perda de visão e até cegueira.

Sabemos que a nossa retina tem um papel muito importante para nossa visão. Sendo uma fina camada de tecido, sensível à luz, localizada na parte mais interna do olho. O sistema óptico do olho foca a luz na retina, recebendo as imagens e enviando-as para o cérebro, através do nervo óptico sob a forma de impulsos nervosos.

Tipos de descolamento de retina 

Por mais que seja um nome simples, o descolamento de retina contém algumas variações como:

  • Regmatogênico;
  • Seroso;
  • Exsudativo;
  • Tradicional.

Descolamento de retina regmatogênico 

O descolamento de retina regmatogênico ocorre devido a uma ruptura na retina (rachadura na retina) que permite ao vítreo passar para o espaço sub retiniano (entre a retina sensorial e o epitélio pigmentado da retina).

As rupturas retinianas podem ser divididas em três tipos: buraco na retina, rasgo ou rasgadura na retina e diálise na retina. Os buracos na retina formam-se devido à atrofia da retina, especialmente numa área de degenerescência lattice. As diálises são muito periféricas e circunferências, e podem ser causadas tanto por tração como por atrofia. A forma atrófica ocorre com mais frequência como diálise idiopática do jovem.

Descolamento seroso exsudativo da retina

O descolamento seroso ou exsudativo da retina ocorre devido à inflamação, lesões ou anormalidades vasculares que resultam na acumulação de fluido sob a retina sem a presença de um buraco ou rasgadura. 

Na avaliação do descolamento da retina é fundamental excluir a hipótese de descolamento exsudativo porque este tipo não possui indicação cirúrgica. Embora seja raro, o descolamento exsudativo pode ser causado por um tumor sub retiniano, ou seja, localizado na coróide. 

Descolamento da retina tracional 

O descolamento da retina tracional ocorre quando o tecido fibroso ou fibrovascular, causado por inflamação ou neovascularização, repuxa a retina sensorial, separando-a do epitélio pigmentado da retina.

Alguns descolamentos da retina resultam de traumatismos, incluindo os da órbita e os cranianos.

Sintomas no descolamento da retina

Estar atento aos sintomas de descolamento de retina é essencial, caso contrário podem ocorrer sérios danos na visão que podem, em último caso, levar à cegueira.

O descolamento de retina é indolor, mas há sinais e sintomas de alerta que quase sempre aparecem antes do descolamento ocorrer ou avançar.

Os sintomas de descolamento de retina podem incluir a percepção de corpos flutuantes – pequenos pedaços de detritos no campo de visão que se parecem com manchas, pelos, aranhas ou moscas que parecem flutuar na frente dos olhos. A maioria dos pacientes referem-se a estas manchas como “moscas volantes”.

Outro dos sintomas frequentes no descolamento da retina é a percepção de “flashes de luz” no olho afetado. Este fenômeno é chamado de fotopsia.

Outro dos sintomas frequentes é a percepção de uma sombra ou cortina no campo visual que vai aumentando à medida que o descolamento progride e finalmente ocorre a perda de visão central.

Causas no descolamento da retina

As causas do descolamento de retina podem ser várias, como: 

  • Buraco na retina;
  • Envelhecimento ou distúrbios da retina, que podem originar áreas mais finas favorecendo a formação de buracos;
  • Rasgaduras da retina.

Fatores de risco 

São fatores de risco de descolamento de retina:

  • Envelhecimento – o descolamento de retina aumenta nas pessoas com mais de 40 anos de idade;
  • Descolamento de retina anterior num dos olhos;
  • Um histórico familiar de descolamento de retina;
  • Retinopatia diabética;
  • Glaucoma;
  • Alta miopia;
  • Cirurgia ocular anterior, como cirurgia de catarata;
  • Lesão ocular grave ou trauma;
  • SIDA;
  • Eclâmpsia;
  • Homocistinúria;
  • Hipertensão maligna;
  • Retinoblastoma;
  • Tabagismo ativo e passivo;
  • Síndrome de Stickler;
  • Doença de bom Hippel-Lindau.

O descolamento de retina pode ser prevenido, em alguns casos, quando os sinais de alerta são identificados prematuramente.

Descolamento de retina tem cura?

Embora grave, o descolamento de retina tem cura com o tratamento adequado.

Saiba, em seguida, como tratar o descolamento de retina.

Tratamento do descolamento de retina

O tratamento para descolamento de retina é sempre cirúrgico. O tipo de técnica cirúrgica depende do tipo de descolamento. Conheça de seguida cirurgia. 

Cirurgia no descolamento de retina

Na cirurgia de descolamento de retina existem vários processos de tratamento, tendo todos eles como denominador comum encontrar e proteger as rasgaduras e buracos na retina. Todos os procedimentos cirúrgicos seguem os mesmos princípios gerais, a saber:

  • Identificar rupturas na retina;
  • Proteger todas as rupturas retinianas;
  • Aliviar o presente (e futuro) de tração vítreo-retiniana.

Conheça, em seguida, os procedimentos cirúrgicos mais utilizados.

Fotocoagulação a laser, criopexia

A criopexia (congelamento) ou fotocoagulação a laser são usadas, ocasionalmente, com o propósito de barrar uma pequena área de descolamento de retina, rasgadura ou buraco para que o descolamento de retina não se dê ou não aumente.

Indentação escleral

A indentação escleral é um tratamento cirúrgico no qual o cirurgião coloca uma ou mais fitas de silicone na esclera. Estas fitas servem para empurrar (indentar) a esclera para dentro contra a rasgadura ou buraco da retina, fechando, assim, a ruptura ou reduzindo o fluxo de fluido que passa através dele, reduzindo consequentemente o efeito de tração vítrea, permitindo desse modo a aplicação da retina. A crioterapia (congelamento) é aplicada ao redor das rupturas retinianas antes de colocar a fita. Por vezes, o fluido sub retiniano é drenado para permitir a aplicação da retina.

O efeito colateral mais comum resultante da colocação da fita de silicone é a indução de miopia, isto é, o olho operado será mais míope após a operação.

Retinopexia

A retinopexia é, geralmente, realizada sob anestesia local. É um método de tratamento de alguns descolamentos de retina, em que uma bolha de gás (gás SF6 ou C3F8) é injetada dentro do olho. A cabeça do paciente é, em seguida, posicionada de modo que a bolha bloqueie o orifício da retina. A tensão superficial do  gás/ liquido veda a rasgadura retiniana, permitindo que o epitélio pigmentado da retina bombeie o líquido do espaço sub retiniano.

Este procedimento é, geralmente, acompanhado de fotocoagulação laser. A retinopexia tem taxas de sucesso significativamente mais baixas em comparação com a cirurgia de fita de silicone e vitrectomia. Alguns casos de sucesso inicial irão falhar nas semanas e meses após a cirurgia.

Vitrectomia

A vitrectomia é um dos tratamentos cada vez mais utilizado em descolamentos de retina. A remoção do gel vítreo é, vulgarmente, combinado com enchimento do olho com uma bolha de gás (gás SF6 ou C3F8), BSS ou óleo de silicone. Uma das vantagens de usar o gás nesta operação prende-se com o fato de não haver indução de miopia e o gás ser absorvido após algumas semanas.

O óleo de silicone pode ser usado em certas situações e é removido após um período de 2-8 meses, caso seja necessário. O óleo de silicone é, normalmente, mais utilizado em casos associados à proliferação vítreo-retinopatia (PVR). A desvantagem da vitrectomia é conduzir à progressão mais rápida de catarata no olho operado.

A vitrectomia é a operação mais realizada para o tratamento de descolamento de retina sendo que 85% dos casos são tratados com sucesso apenas com uma cirurgia e os 15% restantes requerem duas ou mais operações. A recuperação visual demora algumas semanas, pois a acuidade visual pode não ser tão boa como era antes do descolamento, particularmente, se a mácula estava envolvida na área do descolamento.

Pós operatório e recuperação

Com as cirurgias modernas de micro incisões, mais de 90% das pessoas com descolamento de retina podem ser tratadas com sucesso logo na primeira intervenção, embora, por vezes, seja necessária uma segunda intervenção. O resultado visual nem sempre é previsível. O resultado visual final pode demorar vários meses até ser conhecido. Mesmo sob as melhores técnicas e após várias tentativas de aplicar/ colar a retina, o tratamento pode falhar e a visão pode, eventualmente, ser perdida.

Os resultados visuais são melhores se o descolamento da retina for reparado antes de ocorrer o descolamento da mácula. É, por isso, que é importante entrar em contato com urgência com um médico oftalmologista, se visualizar “moscas volantes” e/ou flashes de luz ou uma cortina escura no campo visual.

Para maiores informações sobre essa e outras doenças oculares, entre em contato conosco.

A retinografia e as doenças imperceptíveis
A retinografia e as doenças imperceptíveis

A retinografia é um teste diagnóstico usado por oftalmologistas para obter uma imagem detalhada do fundo do olho e da retina.

É um tipo de fotografia digital do globo ocular, tirada em alta definição, que permite examinar áreas importantes do olho para a visão, como a retina, coróide, nervo óptico e os vasos sanguíneos, de maneira a facilitar o diagnóstico de doenças do fundo do olho.

O que é uma retinografia?

A retinografia é um exame médico que não é invasivo e é indolor, que consiste em dilatar a pupila do paciente para obter uma imagem detalhada das partes mais profundas do olho e demora cerca de 5 a 10 minutos.

Este exame permite entender a circulação sanguínea da retina e do nervo óptico, e permite tirar uma fotografia colorida do interior do olho para que se possa observar a retina em detalhe.

Pode acontecer que os resultados da retinografia mostrem uma imagem opaca, o que permitirá ao médico obter informações valiosas sobre o olho do paciente.

Como é feita uma retinografia?

Para realizar uma retinografia não é necessário o uso de anestesia, o paciente pode ficar acordado durante todo o procedimento, que não dura mais de 10 minutos.

No dia do teste, ao chegar ao consultório médico, é aplicado um colírio para dilatar a pupila e, em seguida, é realizado o exame.

A retinografia é realizada através de um equipamento chamado retinógrafo, que é composto por uma câmera fotográfica digital que consegue capturar imagens em detalhes do olho e as transfere para um computador. O paciente pode pedir essas imagens ao oftalmologista, que irá selecionar as melhores imagens e imprimi-las junto com o laudo.

Se o paciente já foi submetido a retinografia, o médico deve comparar as imagens anteriores com a nova fotografia.

As pupilas podem permanecer dilatadas por várias horas. Portanto, é aconselhável que o paciente venha acompanhado ao exame, use óculos de sol e não dirija.

Os efeitos colaterais da retinografia dilatada da pupila são:

  • Visão embaçada .
  • Dificuldade para se concentrar .
  • A sensibilidade à luz .

Atualmente, existem retinógrafos muito modernos (não midriáticos) que podem registrar imagens claras e detalhadas da retina sem a necessidade de dilatar a pupila. Este teste é conhecido como retinografia não midriática.

Há também retinógrafos de campo e oferecem imagens da área periférica da retina.

Há mais de um tipo de retinografia?

Sim. Existem dois tipos de retinografia, cada uma com objetivos distintos e específicos.

Retinografia Simples: É realizada com o paciente sentado em frente ao aparelho retinógrafo, que capta (com o auxílio de um técnico) as imagens do fundo dos olhos do paciente. O exame fornece imagens da retina em alta resolução, permitindo uma documentação fotográfica do fundo de olho, que poderá ser usada posteriormente para comparação e análise da evolução de doenças oculares.

Retinografia panorâmica: É a maneira mais moderna e completa de realizar o exame. Com o aparelho utilizado neste método, é possível ter uma visão mais ampla da retina, permitindo encontrar doenças em um maior campo.

Quais doenças e complicações podem ser detectadas?

A retinografia, normalmente, é solicitada quando o médico oftalmologista identifica algo fora dos padrões.

Retinopatia diabética: é uma complicação do diabetes que afeta os olhos. É causada por danos nos vasos sanguíneos do tecido sensível à luz na parte posterior do olho (retina). No início, a retinopatia diabética pode não causar sintomas ou apenas problemas leves de visão. Eventualmente, pode causar cegueira. A condição pode se desenvolver em qualquer pessoa que tenha diabetes tipo 1 ou tipo 2.

Retinopatia hipertensiva: é um distúrbio da visão que ocorre como resultado da pressão alta. Retinopatia hipertensiva ocorre quando os vasos sanguíneos que fornecem sangue para a retina na parte de trás do olho ficam danificados. A probabilidade de danos na retina aumenta com a gravidade da pressão alta e com o tempo durante o qual a condição é vivenciada.

Descolamento e/ou lesões da retina: é quando a retina se solta, é levantada ou puxada da sua posição normal. Se não for prontamente tratado, o descolamento da retina pode causar perda permanente da visão. Em alguns casos, pode haver pequenas áreas da retina que estão rasgadas. Essas áreas, chamadas de roturas retinianas ou rupturas retinianas, podem levar ao descolamento da retina.

Glaucoma: é uma doença complexa na qual o dano ao nervo óptico leva à perda progressiva e irreversível da visão. O glaucoma é a segunda principal causa de cegueira no mundo.

A retinografia é importante para o acompanhamento de pacientes portadores de miopia, diabetes mellitus, hipertensão arterial, alterações da mácula, tumores oculares, etc.

É de extrema importância que você consulte regularmente o seu médico oftalmologista para realizar exames preventivos e de rotina periodicamente. 

Conheça a vitrectomia: a cirurgia de retina mais utilizada atualmente
Conheça a vitrectomia: a cirurgia de retina mais utilizada atualmente

A vitrectomia nada mais é do que um procedimento cirúrgico realizado por um médico especialista onde o gel vítreo que preenche a nossa cavidade ocular é removido para proporcionar melhor acesso à retina. 

O procedimento permite uma variedade de reparações, incluindo a remoção de tecido cicatrizado, a reparação a laser de descolamentos de retina e o tratamento de buracos maculares. Uma vez que a cirurgia esteja completa, uma solução salina, uma bolha de gás ou óleo de silicone podem ser injetados no gel vítreo para ajudar a manter a retina em posição.

Para exemplificar, existem diferentes tipos de procedimentos de vitrectomias, como mencionadas abaixo:

Vitrectomia Posterior Plans Plana: O material vítreo serve como uma estrutura ou um suporte para as camadas do olho de um recém-nascido durante o desenvolvimento. Em olhos normais, o vítreo é cristalino durante toda a vida adulta e preenche o olho da frente ou anterior (íris-lente) para as costas ou posterior (nervo óptico). 

Esta área compreende dois terços do volume do olho e é chamada de cavidade vítrea, que juntamente com a retina, o epitélio pigmentar da retina, coróide e esclera, compõem o segmento posterior.

Um procedimento de vitrectomia realizada para doenças do segmento posterior é chamada de vitrectomia posterior. Esse tipo de vitrectomia é realizado apenas por um oftalmologista especialista em retina.

A Vitrectomia Anterior: Em casos raros, o gel vítreo passa através da pupila para a câmara anterior (frontal) do olho. Isso pode acontecer nos casos:

  • Após trauma ocular (lesão);
  • Durante cirurgia complexa de catarata, córnea ou glaucoma;
  • Como resultado de problemas de lentes.

Como o vazamento desse gel vítreo pode levar a problemas futuros, uma vitrectomia anterior pode ser realizada para minimizar o risco e promover a recuperação visual. 

Alguns fatos sobre a cirurgia de vitrectomia: 

O cirurgião especialista de retina opta sempre pelo melhor equipamento para usar em cada caso a partir de uma ampla variedade de instrumentação de vitrectomia. Desde que as primeiras vitrectomias que foram realizadas na década de 1970, a tendência tem sido em direção a equipamentos microcirúrgicos menores e mais finos.

Muitos procedimentos de vitrectomia atualmente podem ser realizados com incisões auto-selantes, sem sutura (sem ponto), aproximadamente metade de um milímetro de tamanho, que é aproximadamente a largura de um cílio, por exemplo. 

Embora tenha algumas limitações, a cirurgia de vitrectomia de pequeno calibre é geralmente considerada mais confortável do que a cirurgia com instrumentos maiores e oferece uma recuperação ocular mais rápida em muitos casos.

Eletrocardiograma, pressão arterial e sensores de oxigênio ficam no espaço cirúrgico para monitorar os sinais vitais do paciente e a saúde. O olho é anestesiado para que o paciente fique confortável durante o procedimento, e essa sedação, comumente chamada de sono crepuscular ou, em casos raros, anestesia geral, pode ser usada para relaxamento adicional.

O olho é preparado com solução anti-séptica e uma cobertura estéril é aplicada, então um espéculo palpebral é usado para manter o olho operatório aberto. O outro olho é coberto e protegido. 

Normalmente, o olho dilatado é penetrado pela pars plana, uma zona segura na parte branca do olho ou esclera. Portanto, esse procedimento é chamado de vitrectomia pars plana. Um microscópio cirúrgico com uma lente especial permite uma visão ampla do interior do olho, bem como uma visão ampliada e detalhada.

O oftalmologista cirurgião utiliza uma sonda de vitrectomia para cortar e remover delicadamente o vítreo semelhante a um gel.

Mas quando é recomendada uma vitrectomia? 

Existem 5 razões principais para realizar a vitrectomia, ou uma vitrectomia mais outros procedimentos:

  • Opacidade vírica bloqueadora de visão (turvação);
  • Condições causadas por puxões anormais na retina;
  • Condições que necessitam de cirurgia na retina ou associadas;
  • Para diagnosticar uma condição vitreorretiniana (vitrectomia diagnóstica);
  • Hemorragias vítreas extensas e densas.

E após a cirurgia, o que esperar do pós-operatório?

Após o procedimento o olho é protegido para evitar que algo entre nos ferimentos. Se uma bolha de gás ou óleo de silicone tiver sido usado para tratar o olho, seu cirurgião lhe dará instruções sobre como fazer qualquer posicionamento necessário (como virado para baixo) e por quanto tempo você deve continuar.

A bolha de gás serve para pressionar a retina de volta à sua posição normal e segurá-la até o olho cicatrizar. Como a sedação usada geralmente é leve os pacientes se sentem bem e estão prontos para partir para casa em uma hora ou menos. De qualquer forma o mesmo precisará de um responsável para dirigir até em casa.

Quando o paciente retorna ao consultório do médico um dia após a cirurgia, é aconselhável ter também uma pessoa responsável para ajudá-lo até que sua visão tenha retornado o suficiente para que o paciente mesmo possa dirigir. .

A manutenção do posicionamento da cabeça e dos olhos após uma vitrectomia envolvendo uma bolha de gás ou óleo de silicone é uma maneira muito importante de contribuir para o sucesso de sua cirurgia ocular.

Na sua primeira consulta pós-operatória, o médico deverá revisar as instruções de uso de medicações, gotas, posicionamento, uso do tapa-olho e atividades gerais. 

Não deixe de consultar sempre um oftalmologista para avaliar o seu caso.

Entenda como funciona a cirurgia Retinopexia com Introflexão Escleral
Entenda como funciona a cirurgia Retinopexia com Introflexão Escleral

A primeira coisa importante para entender como funciona a cirurgia Retinopexia com Introflexão Escleral, é saber que uma Retinopexia é uma cirurgia realizada para operar o descolamento da retina.

A retina é uma camada de células na parte de trás do olho. Essas células usam luz para enviar informações visuais ao seu cérebro. O descolamento da retina ocorre quando parte da retina se desprende do restante da retina e do olho. Quando isso acontece, sua retina não funciona normalmente e a visão é perdida em toda ou parte da retina. Se não for tratada prontamente, isso pode causar perda permanente da visão.

O tratamento do descolamento da retina só pode ser realizado com cirurgia por um médico oftalmologista especialista em descolamento de retina. Aproximadamente 90% dos descolamentos de retina podem ser tratados com somente uma cirurgia. Atualmente existe três tipos de cirurgia para tratamento. São elas retinopexia pneumática, introflexão escleral e vitrectomia posterior.

A Cirurgia de introflexão escleral é um tratamento para descolamento de retina, e é bastante usada hoje em dia. Nesta cirurgia, uma faixa, muitas vezes feita de silicone, é colocada ao redor do olho e costurada no lugar em que tem que ficar. A faixa aperta suavemente o olho, com o intuito de que ela bloqueie todas as rupturas que originaram o descolamento de retina, mantendo as camadas do olho juntas e dando à retina a chance de se reconectar à parede do olho.

Por si só, a faixa não impede que uma ruptura da retina se abra novamente. Geralmente frio extremo (criopexia) ou, menos comumente, calor (diatermia) ou luz (fotocoagulação a laser) é usado para cicatrizar a retina e mantê-la no lugar até que um selo se forme entre a retina e a camada abaixo dela. O selo mantém as camadas do olho juntas e impede que o fluido fique entre elas.

Fatos sobre a cirurgia

  • A cirurgia ocorre em uma sala de cirurgia, geralmente em nível ambulatorial (você vai para casa no mesmo dia).
  • Anestesia local ou geral pode ser usada.
  • Antes da cirurgia, o médico oftalmologista pode prender ambos os olhos e ficar na cama para evitar que o distanciamento se espalhe. Logo antes da cirurgia, ele ou ela usará colírios para dilatar suas pupilas e pode aparar seus cílios para mantê-los fora do caminho.
  • Uma cirurgia pela primeira vez geralmente dura de 1 a 2 horas. Repetir cirurgias ou descolamentos mais complexos podem levar mais tempo.

O que esperar após a cirurgia

Você pode sentir um pouco de dor por alguns dias após a cirurgia. Seu olho pode ficar inchado, vermelho ou dolorido por várias semanas. O oftalmologista pode colocar gotas no olho que evitam a infecção e impedem que a pupila abra bem (dilatando) ou fechando (contraindo). Você pode ter que usar um adesivo no olho por um dia ou mais.

Procure o seu médico imediatamente se notar quaisquer sinais de complicações após a cirurgia, tais como:

  • Diminuindo a visão.
  • Aumentando a dor.
  • Vermelhidão crescente.
  • Inchaço ao redor do olho.
  • Qualquer descarga do olho.
  • Quaisquer novos flutuadores , flashes de luz ou alterações no seu campo de visão.

Riscos

A Introflexão Escleral representa alguns riscos de curto e longo prazo. A maioria dessas complicações não acontece com muita frequência. Os riscos incluem o seguinte:

  • A causa mais comum de falha na cirurgia de descolamento de retina é um tipo de cicatriz na retina, chamada vitreorretinopatia proliferativa (RVP), que pode causar a retina a se soltar novamente. A RVP geralmente requer tratamento adicional, incluindo cirurgia de vitrectomia.
  • O descolamento da coróide (uma parte do tecido que forma o globo ocular) ou o inchaço na área da retina pode atrasar a cicatrização.
  • A pressão da fivela escleral pode elevar a pressão do fluido dentro do globo ocular. Pessoas com glaucoma podem ter um risco maior dessa complicação.
  • Sangrar no olho pode prejudicar a visão.
  • O olho pode ficar infectado. Você pode precisar de antibióticos e corticosteróides para reduzir a vermelhidão ou a descarga do olho e tratar a infecção. Às vezes é necessário remover o implante de Introflexão Escleral para tratar a infecção.
  • O plástico ou a borracha do dispositivo de Introflexão Escleral podem se esfregar em outras partes do olho, sair do lugar ou tornar-se um local de infecção. Em alguns casos, o dispositivo de Introflexão Escleral pode precisar ser removido.

A cirurgia também pode afetar sua visão de outras formas:

  • Como uma faixa escleral empurra o olho, ela pode mudar a forma do olho. Boa visão depende da forma do olho. A alteração causada pela faixa pode causar um erro de refração que pode afetar a visão. A visão pode mudar por vários meses após a cirurgia de Introflexão Escleral. Você deve fazer um exame de visão após 6 meses para verificar alterações na visão. Você pode precisar de óculos ou lentes de contato (ou uma nova receita) para corrigir as alterações.
  • A faixa escleral pode afetar os músculos dos olhos e controlar o movimento dos olhos. Isso pode levar a olhos desalinhados (estrabismo) e visão dupla (diplopia).

Existem algumas maneiras de reparar um descolamento de retina. A chance de cada tipo de cirurgia ajudar a restaurar uma boa visão varia de caso para caso. A causa, localização e tipo de descolamento geralmente determinam qual cirurgia funcionará melhor. Outras condições ou problemas oculares também podem desempenhar um papel na decisão.

Você pode precisar de mais de uma cirurgia para recolocar a retina se o tecido da cicatriz da primeira cirurgia crescer na superfície da retina.

Doença que afeta os vasos sanguíneos do olho: fotocoagulação de retina
Doença que afeta os vasos sanguíneos do olho: fotocoagulação de retina

Sabemos que existem diversas patologias oculares e que dentre elas, existem algumas técnicas para solucioná-las.

Quando se trata dos vasos sanguíneos dos nossos olhos, existe uma técnica chamada, fotocoagulação que utiliza a luz para criar uma queimadura térmica no tecido da retina.

Quando a energia de uma fonte de luz forte é absorvida pelo epitélio pigmentar da retina e é convertida em energia térmica, a necrose da coagulação ocorre com a desnaturação das proteínas celulares à medida que a temperatura se eleva.

Desde o estudo da doença chamada Retinopatia Diabética, a fonte de luz para a fotocoagulação evoluiu para o uso de laser bem focado no tratamento da retinopatia diabética proliferativa. Atualmente, a fotocoagulação retiniana a laser é uma opção terapêutica em muitas condições da retina e dos olhos.

Em resumo, a fotocoagulação a laser tradicional da retina simplesmente destrói alguns dos fotorreceptores, e reduz o consumo de oxigênio da retina e restabelecendo o equilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio.

Tradicionalmente, a doença em questão, chamada retinopatia diabética proliferativa tem sido tratada com a técnica da fotocoagulação retiniana com um laser de luz visível.

É prática clínica aplicar essas leves e moderadas queimaduras que produzem uma mancha cinza clara na retina. Essa aplicação de laser irá coagular o epitélio pigmentar da retina e os fotorreceptores adjacentes, mas deixará a retina interna intacta.

Os fotorreceptores usam mais oxigênio do que a maioria das células do corpo e destruí-los é uma maneira eficaz de reduzindo o consumo de oxigênio da retina.

Um padrão típico de fotocoagulação retiniana de cerca de 1.200 a 1.500 queimaduras de 0,5 mm de diâmetro pode reduzir o número de fotorreceptores, bem como o consumo de oxigênio da retina externa em aproximadamente 20%.

Para tratar a formação desses vasos sanguíneos anormais conhecidos como neovascularização, as aplicações são espaçadas ao longo das áreas laterais da retina. As cicatrizes pequenas resultantes da aplicação do laser reduzem a formação de vasos sanguíneos anormais e ajudam a manter a retina sobre o fundo do olho, evitando o descolamento.

A fotocoagulação a laser normalmente é realizada no ambulatório e a maioria dos tratamentos são feitos apenas com a aplicação de colírio anestésico, necessitando apenas de dilatação da pupila.

Normalmente se faz um olho por vez e o paciente sai com o olho embaçado e às vezes com dor, neste caso é importante e necessário um acompanhante.

Deve-se ter em mente que a retinopatia diabética envolve principalmente a retina interna, isso significa que devemos explicar como as células coagulantes e a destruição do consumo de oxigênio na retina externa influenciam a retina interna.

A explicação para isso é encontrada na circulação dupla e no suprimento de oxigênio para a retina. A maior parte do oxigênio fornecido à retina vem dos coriocapilares e se difunde para a retina externa, onde é consumida pelos fotorreceptores.

Geralmente, há um mínimo de tensão de oxigênio no meio da retina ou uma bacia de oxigênio entre a retina interna e externa. Normalmente, o oxigênio da coróide não atinge a retina interna em humanos, no entanto, isso não é mais verdade se os fotorreceptores forem destruídos e o consumo de oxigênio retiniano externo diminuir drasticamente.

O fluxo de oxigênio da coróide pode então penetrar na retina externa sem ser consumido e pode atingir a retina interna, onde eleva a tensão do oxigênio.

O laser pode ser indicado para pacientes que apresentam doenças que afetam os vasos sanguíneos do olho, como ocorre nos diabéticos, por exemplo.

Os pacientes que apresentam degenerações periféricas da retina predisponentes ao descolamento da mesma também necessitam desse tratamento.

Consulte regularmente o seu médico oftalmologista para prevenção de qualquer patologia que cercam a saúde dos olhos.