Como funciona a cirurgia para reparação de descolamento de retina
Como funciona a cirurgia para reparação de descolamento de retina

Esse é um problema grave em que ocorre o descolamento da retina neurossensorial do epitélio pigmentado, podendo provocar a perda de visão e até cegueira.

Sabemos que a nossa retina tem um papel muito importante para nossa visão. Sendo uma fina camada de tecido, sensível à luz, localizada na parte mais interna do olho. O sistema óptico do olho foca a luz na retina, recebendo as imagens e enviando-as para o cérebro, através do nervo óptico sob a forma de impulsos nervosos.

Tipos de descolamento de retina 

Por mais que seja um nome simples, o descolamento de retina contém algumas variações como:

  • Regmatogênico;
  • Seroso;
  • Exsudativo;
  • Tradicional.

Descolamento de retina regmatogênico 

O descolamento de retina regmatogênico ocorre devido a uma ruptura na retina (rachadura na retina) que permite ao vítreo passar para o espaço sub retiniano (entre a retina sensorial e o epitélio pigmentado da retina).

As rupturas retinianas podem ser divididas em três tipos: buraco na retina, rasgo ou rasgadura na retina e diálise na retina. Os buracos na retina formam-se devido à atrofia da retina, especialmente numa área de degenerescência lattice. As diálises são muito periféricas e circunferências, e podem ser causadas tanto por tração como por atrofia. A forma atrófica ocorre com mais frequência como diálise idiopática do jovem.

Descolamento seroso exsudativo da retina

O descolamento seroso ou exsudativo da retina ocorre devido à inflamação, lesões ou anormalidades vasculares que resultam na acumulação de fluido sob a retina sem a presença de um buraco ou rasgadura. 

Na avaliação do descolamento da retina é fundamental excluir a hipótese de descolamento exsudativo porque este tipo não possui indicação cirúrgica. Embora seja raro, o descolamento exsudativo pode ser causado por um tumor sub retiniano, ou seja, localizado na coróide. 

Descolamento da retina tracional 

O descolamento da retina tracional ocorre quando o tecido fibroso ou fibrovascular, causado por inflamação ou neovascularização, repuxa a retina sensorial, separando-a do epitélio pigmentado da retina.

Alguns descolamentos da retina resultam de traumatismos, incluindo os da órbita e os cranianos.

Sintomas no descolamento da retina

Estar atento aos sintomas de descolamento de retina é essencial, caso contrário podem ocorrer sérios danos na visão que podem, em último caso, levar à cegueira.

O descolamento de retina é indolor, mas há sinais e sintomas de alerta que quase sempre aparecem antes do descolamento ocorrer ou avançar.

Os sintomas de descolamento de retina podem incluir a percepção de corpos flutuantes – pequenos pedaços de detritos no campo de visão que se parecem com manchas, pelos, aranhas ou moscas que parecem flutuar na frente dos olhos. A maioria dos pacientes referem-se a estas manchas como “moscas volantes”.

Outro dos sintomas frequentes no descolamento da retina é a percepção de “flashes de luz” no olho afetado. Este fenômeno é chamado de fotopsia.

Outro dos sintomas frequentes é a percepção de uma sombra ou cortina no campo visual que vai aumentando à medida que o descolamento progride e finalmente ocorre a perda de visão central.

Causas no descolamento da retina

As causas do descolamento de retina podem ser várias, como: 

  • Buraco na retina;
  • Envelhecimento ou distúrbios da retina, que podem originar áreas mais finas favorecendo a formação de buracos;
  • Rasgaduras da retina.

Fatores de risco 

São fatores de risco de descolamento de retina:

  • Envelhecimento – o descolamento de retina aumenta nas pessoas com mais de 40 anos de idade;
  • Descolamento de retina anterior num dos olhos;
  • Um histórico familiar de descolamento de retina;
  • Retinopatia diabética;
  • Glaucoma;
  • Alta miopia;
  • Cirurgia ocular anterior, como cirurgia de catarata;
  • Lesão ocular grave ou trauma;
  • SIDA;
  • Eclâmpsia;
  • Homocistinúria;
  • Hipertensão maligna;
  • Retinoblastoma;
  • Tabagismo ativo e passivo;
  • Síndrome de Stickler;
  • Doença de bom Hippel-Lindau.

O descolamento de retina pode ser prevenido, em alguns casos, quando os sinais de alerta são identificados prematuramente.

Descolamento de retina tem cura?

Embora grave, o descolamento de retina tem cura com o tratamento adequado.

Saiba, em seguida, como tratar o descolamento de retina.

Tratamento do descolamento de retina

O tratamento para descolamento de retina é sempre cirúrgico. O tipo de técnica cirúrgica depende do tipo de descolamento. Conheça de seguida cirurgia. 

Cirurgia no descolamento de retina

Na cirurgia de descolamento de retina existem vários processos de tratamento, tendo todos eles como denominador comum encontrar e proteger as rasgaduras e buracos na retina. Todos os procedimentos cirúrgicos seguem os mesmos princípios gerais, a saber:

  • Identificar rupturas na retina;
  • Proteger todas as rupturas retinianas;
  • Aliviar o presente (e futuro) de tração vítreo-retiniana.

Conheça, em seguida, os procedimentos cirúrgicos mais utilizados.

Fotocoagulação a laser, criopexia

A criopexia (congelamento) ou fotocoagulação a laser são usadas, ocasionalmente, com o propósito de barrar uma pequena área de descolamento de retina, rasgadura ou buraco para que o descolamento de retina não se dê ou não aumente.

Indentação escleral

A indentação escleral é um tratamento cirúrgico no qual o cirurgião coloca uma ou mais fitas de silicone na esclera. Estas fitas servem para empurrar (indentar) a esclera para dentro contra a rasgadura ou buraco da retina, fechando, assim, a ruptura ou reduzindo o fluxo de fluido que passa através dele, reduzindo consequentemente o efeito de tração vítrea, permitindo desse modo a aplicação da retina. A crioterapia (congelamento) é aplicada ao redor das rupturas retinianas antes de colocar a fita. Por vezes, o fluido sub retiniano é drenado para permitir a aplicação da retina.

O efeito colateral mais comum resultante da colocação da fita de silicone é a indução de miopia, isto é, o olho operado será mais míope após a operação.

Retinopexia

A retinopexia é, geralmente, realizada sob anestesia local. É um método de tratamento de alguns descolamentos de retina, em que uma bolha de gás (gás SF6 ou C3F8) é injetada dentro do olho. A cabeça do paciente é, em seguida, posicionada de modo que a bolha bloqueie o orifício da retina. A tensão superficial do  gás/ liquido veda a rasgadura retiniana, permitindo que o epitélio pigmentado da retina bombeie o líquido do espaço sub retiniano.

Este procedimento é, geralmente, acompanhado de fotocoagulação laser. A retinopexia tem taxas de sucesso significativamente mais baixas em comparação com a cirurgia de fita de silicone e vitrectomia. Alguns casos de sucesso inicial irão falhar nas semanas e meses após a cirurgia.

Vitrectomia

A vitrectomia é um dos tratamentos cada vez mais utilizado em descolamentos de retina. A remoção do gel vítreo é, vulgarmente, combinado com enchimento do olho com uma bolha de gás (gás SF6 ou C3F8), BSS ou óleo de silicone. Uma das vantagens de usar o gás nesta operação prende-se com o fato de não haver indução de miopia e o gás ser absorvido após algumas semanas.

O óleo de silicone pode ser usado em certas situações e é removido após um período de 2-8 meses, caso seja necessário. O óleo de silicone é, normalmente, mais utilizado em casos associados à proliferação vítreo-retinopatia (PVR). A desvantagem da vitrectomia é conduzir à progressão mais rápida de catarata no olho operado.

A vitrectomia é a operação mais realizada para o tratamento de descolamento de retina sendo que 85% dos casos são tratados com sucesso apenas com uma cirurgia e os 15% restantes requerem duas ou mais operações. A recuperação visual demora algumas semanas, pois a acuidade visual pode não ser tão boa como era antes do descolamento, particularmente, se a mácula estava envolvida na área do descolamento.

Pós operatório e recuperação

Com as cirurgias modernas de micro incisões, mais de 90% das pessoas com descolamento de retina podem ser tratadas com sucesso logo na primeira intervenção, embora, por vezes, seja necessária uma segunda intervenção. O resultado visual nem sempre é previsível. O resultado visual final pode demorar vários meses até ser conhecido. Mesmo sob as melhores técnicas e após várias tentativas de aplicar/ colar a retina, o tratamento pode falhar e a visão pode, eventualmente, ser perdida.

Os resultados visuais são melhores se o descolamento da retina for reparado antes de ocorrer o descolamento da mácula. É, por isso, que é importante entrar em contato com urgência com um médico oftalmologista, se visualizar “moscas volantes” e/ou flashes de luz ou uma cortina escura no campo visual.

Para maiores informações sobre essa e outras doenças oculares, entre em contato conosco.

Quais as doenças oftalmológicas mais comuns na infância
Quais as doenças oftalmológicas mais comuns na infância

A infância é a etapa de maior desenvolvimento dos seres humanos. A partir dos 12 anos começamos com o ganho de crescimento do corpo. Com os olhos das crianças não é diferente.

Aproximadamente 90% do desenvolvimento da visão acontece até os dois anos de vida. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), 30% das crianças em idade escolar apresentam problemas na visão. Por isso, ressaltamos a importância das visitas regulares com um médico oftalmologista desde o nascimento. Ele poderá identificar alterações no desenvolvimento esperado a cada idade, assim como diagnosticar doenças precocemente, por exemplo. Conheça as doenças oculares mais comuns na infância.

Hipermetropia

A hipermetropia, ou dificuldade em ver de perto, é um termo comum que descreve uma visão desfocada dos objetos próximos, mas que são claros à distância. Desta forma, as imagens captadas são formadas após a retina, no início, a criança sente dificuldade para enxergar de perto. Com o desenvolvimento, o globo ocular cresce e esse quadro é revertido.

É possível, que devido ao desenvolvimento incompleto, algumas crianças não tenham reversão total do quadro e continuem a apresentar a hipermetropia. 

O tratamento da hipermetropia em crianças é feito com o uso de óculos corretivos, especialmente quando há desvio dos olhos associado.

Miopia 

A miopia ocorre quando a imagem não é corretamente focalizada na retina, o que provoca a dificuldade de enxergar. Então, quem possui miopia tem a imagem dos objetos formada antes da retina, provocando dificuldade para visualizar objetos à distância.

Em alguns casos essa doença é hereditária. No entanto, a fadiga ocular resultado do esforço para manter o foco em um ponto específico, também pode ser responsável pela sua origem. Com o uso excessivo de telas, pessoas que passam mais tempo em atividades externas apresentam menor incidência de miopia.

O tratamento para crianças pode ser realizado através de medicamentos (como colírio com atropina com diluição adequada que pode ser usado em casos específicos), óculos ou até mesmo lentes de contato.

Estrabismo

O Estrabismo é uma patologia oftalmológica que consiste no desalinhamento dos olhos. A maioria dos casos tem início na infância, mas também pode ocorrer durante a vida adulta. 

Vale lembrar que até os seis meses de idade, o aparecimento do desalinhamento entre os olhos é normal, pois o bebê ainda não tem uma boa fixação das imagens na mácula. Após passar esses seis meses, os pais devem se atentar, pois, quanto mais cedo o tratamento começar, maiores as chances de cura.

Para o tratamento do estrabismo, temos algumas opções como o uso do tampão (ajuda a estimular a musculatura do olho mais fraco), utilização de óculos e cirurgias para alguns casos.

Ambliopia

A Ambliopia, ou popularmente conhecida como “olho preguiçoso” é o termo médico utilizado quando a visão se encontra reduzida, mesmo após correção visual com os óculos ou lentes de contato. 

Sua causa mais comum é relacionada ao estrabismo ou erros de refração como:

  • Miopia;
  • Hipermetropia;
  • Astigmatismo.

Seu tratamento deve ser precoce para o estímulo visual ocorrer de forma adequada.

Leucocoria 

A Leucocoria ou “pupila branca” é uma condição que se caracteriza pelo reflexo branco da pupila, que impede a entrada da luz. Esse reflexo pode ser ocasionado por diversas doenças oftalmológicas, como:

  • Catarata congênita;
  • Doenças de coats;
  • Retinopatia da prematuridade;
  • Toxocaríase.

Para detecção desta condição, é utilizado o teste do olhinho. Esse teste projeta uma pequena luz sobre o olho do recém-nascido para observar o reflexo; caso ele esteja vermelho ou alaranjado, significa que o bebê está com a visão saudável.

Retinoblastoma

O retinoblastoma é um tumor maligno originário da membrana neuroectodérmica da retina embrionária, compreendendo 2% a 4% dos tumores malignos pediátricos, sendo assim, o tumor ocular é mais frequente na infância. Contudo, em razão dessa doença, o teste do olhinho deve ser realizado com frequência em crianças pequenas.

Em questão do seu tratamento, existe uma série de modalidades terapêuticas para o tratamento do retinoblastoma, após diagnosticado. Esse tratamento é dado diante da extensão da doença e se ela está atingindo os dois olhos ou apenas um.

Conjuntivite alérgica

A conjuntivite alérgica se caracteriza por coceira ocular, vermelhidão, inchaço das pálpebras, sensibilidade a luz e lacrimejamento excessivo. Para esse tipo de conjuntivite, é fundamental evitar o contato com o alérgeno que desencadeou a crise. É recomendado que os pais observem bem os sintomas, de modo a identificar qual é o agente causador. Caso não tenha tratamento correto, a conjuntivite alérgica pode desencadear riscos à visão.

Catarata congênita

A catarata congênita ou da infância é responsável por cerca de 10% dos casos de cegueira infantil, e por esse motivo, é considerado uma das doenças oculares mais comuns nos pequenos. 

Sua principal característica é a mancha esbranquiçada na pupila. Esse problema costuma ser notado ao se tirar uma foto com flash, pois é quando a mancha se destaca. Essa alteração significa que existe a perda de transparência do cristalino, a “lente ocular”, que é fundamental para uma visão nítida.

Essa patologia é uma herança genética, ou seja, a presença de pais e outros familiares com catarata, aumenta a hipótese de uma criança desenvolver a doença.

Contudo, de todas as doenças oculares que citamos, na maioria das vezes o tratamento é beneficiado pelo diagnóstico precoce. Seja para impedir o desenvolvimento da doença, ou para não prejudicar o desenvolvimento escolar da criança. Por esses motivos, é fundamental as consultas regulares com o oftalmologista para que seja feito o acompanhamento oftalmológico desde cedo.

Entre em contato conosco e agende a consulta de seu pequeno.

Como evitar a fadiga ocular
Como evitar a fadiga ocular

Nos dias atuais, parece que todo mundo está sempre olhando para uma tela de computador, celular ou tablet, mas poucos sabem que ficar muito tempo em frente das telinhas, pode causar sérios problemas a nossa visão, problemas como a fadiga ocular.

Estudos indicam que 59% das pessoas que utilizam computadores e dispositivos digitais excessivamente apresentam sintomas de fadiga ocular. Mas é possível contornar o problema consultando um oftalmologista e sabendo a forma correta de utilizar o colírio.

Como qualquer medicamento, o colírio precisa ser aplicado de maneira correta, caso contrário, ele pode não ter eficácia esperada ou causar efeitos colaterais. Além disso, a administração incorreta do produto pode acarretar algum problema ocular preexistente. 

Neste artigo, vamos comentar sobre os principais aspectos da fadiga ocular, veja mais logo abaixo!

O que é a fadiga ocular? 

A fadiga ocular (Astenopia) é um cansaço ocular que causa dor geral ou vermelhidão do olho, pelo excesso de estresse ou fixação próxima de algum ponto por longos períodos. Isso acontece quando utilizamos aparelhos que emitem luz azul, como celulares, computadores ou tablets.

Para manter a imagem focalizada, os olhos precisam realizar ajustes constantes, que são imperceptíveis para nós. Essas adaptações fazem com que os nossos olhos fiquem cansados devido ao esforço da musculatura do globo ocular.

Com o tempo, pode causar diversos sintomas diferentes, incluindo:

  • Sensação de ardor nos olhos;
  • Visão turva; 
  • Dificuldade de concentração;
  • Sensibilidade à luz;
  • Visão dupla ou embaçada;
  • Olhos secos, vermelhos, irritados, lacrimejantes;
  • Dores de cabeça.

Por ser algo comum, a fadiga ocular pode atingir todas as idades, pois essa ocorrência possui diversas causas. 

Causas da fadiga ocular 

Pode-se dividir a causa para o problema em dois grupos: a partir de uma doença nos olhos e a fadiga excessiva do sistema ocular.

Doenças nos olhos

Erros refrativos como:

  • Miopia;
  • Astigmatismo;
  • Hipermetropia.

Podem ocasionar um esforço maior do globo ocular, por consequência desses erros, a fadiga ocular se faz presente. 

Fadiga excessiva do sistema ocular

Qualquer atividade que exija muito da atividade dos olhos pode causar os sintomas da fadiga ocular. Além disso, a exposição a luzes demais ou de menos também pode ocasionar essa condição.

Também é importante lembrar que grande parte dos casos de fadiga ocular está relacionado com o trabalho ou diversão. Alguns exemplos disso são:

  • Computadores;
  • Tablets;
  • Smartphones;
  • Videogames.

Como se prevenir da fadiga ocular?

Ao notar qualquer incômodo que possa se enquadrar a fadiga ocular, recomendamos consultar um oftalmologista para identificar possíveis alterações na visão, como astigmatismo ou miopia. Além disso, é importante acrescentar mudanças em seus ambientes e em sua rotina como:

  • Evite utilizar dispositivos eletrônicos em excesso;
  • Posicione a tela do computador ou/e tablet cerca de 50 a 70 cm longe dos olhos e um pouco abaixo da linha da visão;
  • Regule o brilho dos seus aparelhos;
  • Limpe sempre as telas, pois as manchas dificultam o foco dos olhos nas imagens;
  • Faça pausas regulares para evitar o esforço visual prolongado;
  • Tenha uma boa noite de sono, pois é à noite que os olhos recebem os nutrientes para se manterem saudáveis;
  • Utilize colírio. 

Como vimos, a fadiga ocular é um problema muito comum que acontece devido ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos. Ela gera vários desconfortos nos olhos por isso, é importante consultar um oftalmologista. 

Agende uma consulta conosco e se livre da fadiga ocular!

Você sabe o que é tuberculose ocular?
Você sabe o que é tuberculose ocular?

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria denominada Mycobacterium tuberculosis. Geralmente acomete o pulmão, mas também pode afetar outros órgãos, como é o caso dos olhos.

Essa infecção também é conhecida como uveíte por tuberculose, pois provoca inflamação nas estruturas da úvea do olho. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia(SBO), os indivíduos do sexo masculino e pessoas na infância ou velhice, são os mais afetados, porém não se deve descartar a possibilidade de atacar outros grupos. A doença está relacionada com patologias como diabetes, tumores e HIV. Estima-se que cerca de 1 a 2% dos pacientes com a forma pulmonar apresentam forma ocular da tuberculose.

Neste artigo, iremos abordar uma visão geral sobre a tuberculose ocular, comentando sobre as suas principais características, sintomas, formas de transmissão, diagnóstico, tratamento e prevenção. Veja mais logo abaixo!

Principais características da tuberculose ocular 

Após penetrar no organismo por via respiratória, a tuberculose pode se disseminar e se instalar em qualquer órgão. Essa Infecção é conhecida como tuberculose extrapulmonar. 

Segundo estudos, a tuberculose extrapulmonar ocorre em órgãos sem condições favoráveis ao crescimento do bacilo de Koch. Dessa forma, a sua instalação ocorre de maneira insidiosa e lenta.

Sintomas da Tuberculose ocular

Seus principais sintomas são a visão embaçada e a hipersensibilidade à luz. No entanto, também é possível surgir outros sinais como: 

  • Olhos vermelhos;
  • Sensação de queimação nos olhos;
  • Diminuição da visão;
  • Pupilas de tamanhos diferentes;
  • Dor nos olhos;
  • Dor de cabeça.

Esses sintomas não estão presentes em todos os casos e podem variar muito de acordo com o local afetado que, normalmente, é a esclera ou a úvea do olho. 

Muitas vezes, esses sintomas podem surgir quando a pessoa já tem o diagnóstico de tuberculose pulmonar, por isso é importante informar o médico para a troca do antibiótico utilizado se for necessário.

Formas de transmissão

A bactéria responsável pelo surgimento da tuberculose ocular pode ser transmitida de uma pessoa infectada para outra através de pequenas gotas de saliva, que são liberadas ao tossir, espirrar ou falar.

Assim, sempre que o diagnóstico de tuberculose é feito a alguém, seja tuberculose do tipo ocular, pulmonar ou cutânea, é muito importante que pessoas mais próximas, façam o teste para saber se possuem a bactéria, já que os primeiros sintomas podem surgir depois de algumas semanas ou dias.

Diagnóstico

Pelo fato de apresentar diversos sintomas que podem ser confundidos com outras doenças, o diagnóstico nem sempre é fácil. Contudo, ele pode ser dificultado por diversas razões, como a quantidade baixa de bacilos, que, normalmente, acompanha esse quadro.

O diagnóstico é feito por meio do histórico clínico do paciente e de alguns exames especializados que podem detectar a doença.

Tratamento   

O tratamento é feito da mesma forma que o tratamento da tuberculose pulmonar, por isso, é iniciado o uso de alguns remédios, por cerca de 2 meses.

Depois desse tempo, o oftalmologista pode aconselhar o uso de 2 desses remédios, geralmente por mais 4 a 10 meses, para garantir que a bactéria seja completamente eliminada do organismo. 

Lembre-se! Uma vez que o tratamento não seja iniciado precocemente, as bactérias podem ficar mais fortes e difíceis de eliminar. 

Como se prevenir da tuberculose ocular  

As melhores formas de se evitar o contágio da tuberculose consiste em fazer a vacinação contra a doença e evitar o contato próximo com pessoas infectadas, evitando trocar talheres, escovas ou outros objetos de uso pessoal. 

Como vimos, a tuberculose ocular é uma doença infecciosa causada pelo bacilo de Koch. Quando não tratada precocemente, pode se agravar e resultar no comprometimento da visão. Portanto, aos primeiros sinais, o oftalmologista deve ser consultado para diagnóstico e tratamento.

Tem alguma dúvida ou sintoma da tuberculose ocular? Entre em contato agora mesmo e agende uma consulta conosco!

5 dicas na hora de escolher os óculos de grau
5 dicas na hora de escolher os óculos de grau

Escolher os óculos de grau não é uma decisão fácil, ao sair do consultório do médico oftalmologista com uma receita de óculos de grau pode ser uma boa novidade e também uma oportunidade de juntar o útil ao agradável: voltar a enxergar corretamente e ainda mudar o visual. Além dos óculos ajudarem a gente a enxergar corretamente, a estética da armação, é uma das dúvidas mais frequentes sobre qual modelo se adéqua melhor ao seu rosto.

Diante dessas dificuldades, reunimos algumas sugestões que podem facilitar muito a escolha desse acessório, de maneira que atenda suas necessidades, tanto na correção de grau quanto na harmonização entre seu rosto e o acessório. 

Veja logo abaixo, 5 dicas essenciais que irão ajudar você nessa escolha!

1. Respeite o formato do rosto 

Verificar o formato do seu rosto é extremamente importante, pois cada tipo pede um design específico para realçar traços e garantir um uso mais confortável. Por exemplo, rostos redondos pedem armações retangulares e com linhas retas, para deixá-lo mais fino.

Já os quadrados pedem armações arredondadas e menores para equilibrar as proporções. Enquanto um rosto oval combina mais com qualquer armação. Já para rostos triangulares, por sua vez, fica melhor uma armação de formato arredondado.

2. Defina o material das lentes 

A refração é a capacidade que a lente tem para mudar a direção do raio de luz para corrigir o foco, assim proporcionando uma visão mais nítida. Diante disso, na hora de escolher o material da lente para os seus óculos de grau, o principal aspecto a ser observado é exatamente essa característica que é própria de cada produto.

Existem diversas variedades de lentes em função do material utilizado para a sua produção, conforme falaremos a seguir:

  • Vidro 

As lentes de vidro, foram as primeiras fabricadas. Ainda hoje são confeccionadas, mas estão em desuso por serem muito frágeis, quebrando com muita facilidade.

  • Acrílico

 As lentes de acrílico são as mais procuradas por questão de sua leveza e boa durabilidade. 

  • Policarbonato

O policarbonato permite a confecção de lentes mais finas e resistentes, por isso é uma das mais indicadas para produção de óculos infantis.

  • Trivex 

As lentes Trivex são um tipo mais leve que proporciona melhor nitidez. Devido à sua alta resistência contra impactos e quedas, são mais recomendadas para esportistas e crianças.

  • Resina 

Por serem lentes com alto índice de refração, as lentes de resina são mais indicadas para quem tem um alto grau de hipermetropia ou miopia, já que a resina consegue garantir lentes mais finas para as pessoas com mais de 4 graus.

3.  Verifique quais funcionalidades fazem diferença para você 

Um fator importante de se lembrar é que cada lente, além de corrigir problemas de refração, oferece outras funcionalidades. Você pode optar por antirreflexo ou com proteção UV, por exemplo.

Essa são algumas maneiras de facilitar a sua adaptação aos novos óculos. Então, vale a pena levar esse detalhe em conta na hora da compra.

4. Escolha o material da sua armação 

Geralmente, a estética dos óculos no rosto fica por conta da preferência pessoal. Porém, a escolha do material para a armação dos óculos é um aspecto muito importante para durabilidade. Veja, logo abaixo, os tipos de armação e suas particularidades.

Armação de acetato

Sendo uma das mais comuns, elas apresentam grande resistência e flexibilidade, evitando assim deformações. Além disso, as armações de acetato são as mais indicadas para lentes espessas, protegendo-as melhor.

Armação metálicas

As armações metálicas são feitas de titânio, pelo fato de serem estreitas, são indicadas para lentes mais finas.

Armações emborrachadas

As armações emborrachadas, são mais comuns em óculos infantis por serem mais maleáveis e oferecerem um baixo risco de acidentes.

5. Fique atento com a proteção contra a luz de telas em aparelhos eletrônicos 

Existem dois tipos de luz azul: a turquesa, que é benéfica, e a azul-violeta, que é prejudicial para os olhos.

Esse tipo de luz é mais comum em aparelhos eletrônicos que usamos no nosso dia a dia, como:

  • Celulares;
  • Computador;
  • Tablets; 
  • Tv.

Além disso, ela também bloqueia a produção do hormônio melatonina, que é responsável pela indução do sono.

Por isso é muito importante utilizar óculos com filtro de luz azul, mesmo para as pessoas que não precisam de alguma correção de grau. A exposição prolongada a esse tipo de luz causa visão embaçada, fadiga ocular e dores de cabeça.

As lentes Blue Light, são conhecidas por proporcionarem a proteção UV400, antirreflexo digital e tratamento anti riscos. Além de proporcionar excelente nitidez, elas oferecem os seguintes benefícios:

  • Aumenta a produção de melatonina, o hormônio responsável pela regulação do sono;
  • diminui ou até mesmo elimina as dores de cabeça;
  • ajuda a evitar a síndrome do olho seco;
  • melhora a qualidade do sono;
  • previne a catarata e a degeneração macular;
  • reduz a fadiga ocular.

Como vimos, é necessário ficar atento com diversos aspectos na hora de escolher os seus óculos de grau. Além disso, procurar as especificações oftalmológicas, também é importante para considerar como o modelo da armação pode harmonizar com as linhas do rosto e o conforto que ele proporciona. 

Antes de comprar seus óculos, consulte um oftalmologista! Agende sua consulta conosco!

3 problemas oculares que causam ardência nos olhos
3 problemas oculares que causam ardência nos olhos

É comum às vezes acontecer uma pequena ardência em nossos olhos, que traz incômodo, irritação e até mesmo dor. Muitas das vezes a ardência nos olhos é passageira, causada por alguma interferência externa. Outras vezes a ardência persiste, trazendo um incômodo constante. 

Nestes casos a visita ao oftalmologista é imprescindível para realização de um diagnóstico acurado das causas da ardência, além de indicar a melhor forma de tratamento.

Acompanhe neste artigo, os 3 problemas oculares que podem causar ardência nos olhos.

O que é a ardência nos olhos?

Antes de conhecermos os problemas oculares que podem causar ardência nos olhos, é preciso entender o que é essa ardência. Esse incômodo na vista é uma irritação ocular, que muitas vezes descrevemos como se tivéssemos a sensação de estar com areia nos olhos ou com os olhos ardendo.

É importante ter atenção que uma irritação ocular pode provocar a sensação de coceira nos olhos. A tendência é de coçar os olhos com muito mais frequência quando se tem ardência nos olhos com a intenção de aliviar o incômodo, porém pode resultar na agravação do quadro. Por isso é preciso conter essa tentação e não coçar os olhos por duas boas razões:

  • Ao coçar os olhos você estimula a produção de substâncias químicas próprias do olho, o que vai aumentar a sensação de ardência e vontade de coçar;
  • Outro motivo para não coçar os olhos é que você aumenta as hipóteses de contágio, agravando a situação.

Quais os principais problemas oculares?

A ardência nos olhos, na maior parte das vezes, não é sinal de um problema grave, sendo um sintoma comum de alergia ou exposição à fumaça. Contudo, é preciso considerar outros sintomas que estejam presentes como olhos inchados, lacrimejamento, coceira ou irritação nos olhos e quando estes sintomas surgiram para informar ao médico. Veja logo abaixo alguns dos principais problemas que podem causar ardência nos olhos.

Conjuntivite 

Um dos maiores problemas oculares que causa ardência nos olhos é a conjuntivite. Os principais sintomas dessa inflamação além da ardência nos olhos, são a vermelhidão, lacrimejamento, formação de secreção e sensibilidade à luz.

O principal agente causador da conjuntivite são as bactérias, vírus e fungos.

Alergia  

Outro problema comum que pode causar ardência nos olhos são as alergias. A alergia do olho nada mais é que uma resposta do sistema imunológico quando à algum corpo estranho nos olhos. Ou seja, quando você fica exposto a ambientes com muita poeira, poluição ou fumaça, acaba causando ardência.

Olho seco 

Outro motivo que causa a ardência dos olhos, é o olho seco. O olho ressecado não produz lágrimas em quantidade suficiente, trazendo a sensação de ardência.

Quem tem olho seco geralmente sente muito incômodo quando exposto a ambientes externos, contato com ventos, fumaça ou luz.

O mau uso ou o uso contínuo de lentes de contato também pode acometer o olho seco, causando ardência nos olhos.

Esse problema ocular pode acontecer em qualquer idade e precisa ser tratado o quanto antes, já que o tratamento inadequado pode acarretar doenças sérias e prejudiciais à saúde dos olhos.

Para uma avaliação desse e de qualquer outro incômodo em seus olhos, entre em contato e agende uma consulta com nossos oftalmologistas!